Meus irmãos de caminhada,
respeitosas reverências!
Antes de dar continuidade às
postagens do blog, sinto a necessidade de expor, ainda que de maneira breve,
minha visão com relação à espiritualidade e definir com um pouquinho mais de
rigor a que se propõe este espaço virtual.
Primeiramente, vale a pena
dizer que o conteúdo aqui disponibilizado é sempre lido e experimentado por mim
antes de ser recomendado, ou seja, absolutamente tudo que está aqui eu li, pesquisei,
ouvi, assisti e só compartilhei porque, sendo material teórico, fez sentido
para mim e sendo material prático (técnicas, exercícios, mantras) surtiu efeito
positivo na minha vida pessoal. Não
seria sincero comigo, nem convosco “pregar fé que não professo”. O fato de ter
funcionado para mim não quer dizer que funcionará para você. Óbvio! Mas isso só será descoberto se você se propor
a tentar de coração livre o que sugiro, o que significa não-julgamento nem para
consigo, nem para com as sugestões. Por exemplo, existe uma técnica maravilhosa
de autoconhecimento, cura, introspecção e concentração chamada Jornada Xamânica, que é simplesmente você se permitir um
passeio consciente a outras realidades, seja para buscar uma resposta a uma
questão/situação que esteja lhe afligindo, ou apenas recuperar a energia
dispensada nos compromissos do dia-a-dia, enfim, pode ter propósitos variados.
Quando falo da jornada para pessoas próximas a primeira coisa que escuto é:
“Ah, mas eu não vou conseguir”. Bom...se antes de se permitir já foi criada uma
crença limitante e erguida a Muralha da China, barreiras que sabemos ser
puramente mentais, as chances já estão bastante reduzidas. Em tom de
brincadeira respondo: “Ah, é verdade, não vai mesmo. Sua jornada acabou antes
mesmo de começar”. Preconceito duplo, consigo mesmo e com a prática.
É possível que algumas
pessoas tenham mais facilidade para mentalizar, concentrar, imaginar situações,
meditar, e outras menos e tudo bem que seja assim! Estamos aqui para expandir
nossas condições de possibilidade ou para estrangular? Ter consciência de que
uma técnica é mais árdua para você é ótimo, no entanto, permitir que isso se
torne uma crença que te limita é terrível. Enquanto está lendo este artigo está
também se lembrando das limitações mentais que criou em sua vida? Se sim,
legal! Mas faça isso com toda honestidade, sem boicote. Se não, tá aí uma
oportunidade para fazê-lo.
Luz
da Jurema é uma proposta terapêutica, antes de tudo para mim, pois
acreditem, sou a pessoa mais necessitada
de todos esses ensinamentos e por isso fui buscá-los. Compartilhar, como diz
uma amiga querida, é divino! E é mesmo. Saber que não estou sozinha na minha
caminhada em busca de luz é bom pra mim, me dá força para seguir. E é terapêutico também para quem estiver na
mesma busca ou em busca nenhuma, mas se sentir acalentado pela energia desse lugar,
mesmo que seja virtual.
Por que sentimos tanto
medo??? Eu luto com isso diariamente. Expor a minha visão de mundo aqui,
compartilhar, estar em contato com outros seres é difícil para mim que fui
criada na cultura do medo, sou extremamente reservada (um jeito gracioso de
dizer que sou fechada), mais um motivo pelo qual o blog me ajuda. Além de ser
bom para mim, desejo que seja bom para outros e que possamos cada vez mais
superar o que nos mantém cativos no medo, no vício, no ego, na mentira, na
culpa. No falso discurso que fizeram de nós e do mundo e que por vários
motivos, acreditamos e tomamos como coisa nossa, mas não é. Expansão já! Todos
os seres, independentemente de seus carmas, têm a possibilidade de ter uma vida
interna mais digna, plena de paz e boas vibrações, mas é preciso buscar. Quando
decidir dê adeus aquele “eguinho” preguiçoso, inimigo número um de quem quer
evoluir.
Apesar dos assuntos que
pesquiso possuírem caráter metafísico (meta=além, physis=natureza, mundo
físico), eu procuro usar o crivo da razão também para selecionar o que publico,
é sempre bom não perder totalmente esse critério. Os autores que pesquiso são
reconhecidos intelectualmente, além de espiritualmente, portanto, não tem nada
aqui que seja mero “achismo” ou como dizem de modo pejorativo “coisa de bicho-grilo”,
é tudo bem sério quanto a qualidade
literária e produção filosófica. Meus colegas de Academia que me perdoem, mas
não foram só os austríacos, franceses e alemães que produziram boa filosofia.
Os Vedas estão aí e não me deixam mentir.
A minha visão com relação ao
divino é espiritual e não religiosa. Por que? Pensando com a Antroposofia,
acredito que desde eras remotas estamos em um processo de crescimento e passamos por estágios diversos enquanto vida.
Somos seres espirituais, não há ninguém encarnado que não seja corpo-espírito
ao mesmo tempo, e se somos espírito também não existe a possibilidade de não
estarmos, em diferentes graus de consciência,
conectados a Fonte Espiritual Suprema, portanto, não há necessidade de se
religar a nada e nem a ninguém, consequentemente, não há necessidade de
religião, que tem o propósito de nos ligar novamente a Fonte, religião/religare.
A conexão entre os seres e o divino já
existe, o que falta é desvelar, trazer à luz, criar condição para que essa
ligação se faça mais forte. Como fazer isso? Existem mil caminhos, e cada um
trilhará o que melhor lhe couber de acordo com a sua vibração. Sinto afinidade com a espiritualidade
luminosa presente em várias fés, não se trata de religião e sim de sintonia.
Dentro de cada caminho espiritual há diferentes níveis e frequências
vibratórias, por isso, não faz sentido dizer, eu não suporto tal religião, por
que dentro de cada religião existem vibrações diferentes e pode ser que alguma
combine com a sua “vibe” pessoal.
Existem lindos louvores
evangélicos, com mensagens transmitidas por alguém que em algum momento
conseguiu se conectar fortemente a Fonte divina, com toda certeza vou
compartilhar aqui quando achar necessário, sem crise. Luz é luz, poxa vida! Se
agarrar em rótulos, só conseguir enxergar a superfície sem refletir mais
profundamente é crença limitante, é nocivo. Por que não expandir?
Tendo falado do que busco e
acredito, acho importante fazer o caminho inverso e falar do que não busco aqui
no blog. Compartilhar é divino, pensar-com é delicioso, ganhar parceiros de
caminhada, interlocutores, amigos quem sabe,
mas seguidores cegos não. PROCURO PARCEIROS DE JORNADA, este é meu
anuncio, e não discípulos, nem tenho “cacife” para isso. Portanto, ao ler o
blog seja crítico e não cricri, seja um companheiro, um aliado e não um fanático,
de mentalidade de rebanho já basta a sociedade em que vivemos. Que possamos
inaugurar uma relação nova e sair da ordem do dia.
Que
assim seja e haja luz! AHO!

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